Corinthians nega salário de R$ 2 milhões por mês ao meia Igor Coronato e explica polêmica

Diretor-executivo do clube, Rozallah Santoro falou sobre reforços e revelou o valor total da dívida do Corinthians.

Corinthians nega salário de R$ 2 milhões por mês ao meia Igor Coronato e explica polêmica
14 Fevereiro 2024 - 17:27 - Atualizar: 14 Fevereiro 2024 - 18:11
Crédito da foto: Divulgação /Al-Ittihad

Mesmo endividado (veja ao fim da matéria o valor total das dívidas), o Corinthians acertou, recentemente, as contratações do lateral Matheuzinho, ex-Flamengo, e do meia Igor Coronado, ex-Al-Ittihad, da Arábia Saudita. 

Em recente entrevista ao “Bola Rolando”, do BandSports, na terça-feira (13), o novo diretor-executivo do clube, Rozallah Santoro, garantiu que a chegada da dupla não vai fazer o clube ultrapassar o valor planejado para a folha salarial desta temporada:

"A proposta inicial era de redução da folha, mas até em função dos novos patrocínios e de dinheiro novo entrando no clube, a gente resolveu junto com o presidente manter o orçamento do futebol em R$ 20 milhões por mês. Se pensarmos nas contratações que já foram feitas, com os dois jogadores que vêm se falando, o Matheuzinho e o Igor Coronado, com a simulação que a gente fez, a gente completa o custo mensal na casa dos R$ 20 milhões", revelou Santoro, que tratou de informar o salário do meio-campista. 

Leia Mais
COLUNA DO JOÃO GUILHERME: O QUE ESPERAR DO CORINTHIANS EM 2024?


"O número que eu vi (pela contratação de Igor Coronado) é na casa dos R$ 2 milhões por mês de custo", acrescentou. 

Clube se posiciona e explica sobre fala do dirigente:
"O diretor de Finanças do Sport Club Corinthians Paulista, Rozallah Santoro, esclarece que o valor de dois milhões de reais, citados durante entrevista concedida ao canal BandSports, na terça-feira (13), não se referem ao salário mensal do atleta Igor Coronado, mas sim a uma previsão orçamentária dos custos gerais da operação (remuneração, taxas, comissões) para contratação do jogador, como dito pelo dirigente durante a conversa.

O Corinthians reforça seu compromisso com a Fiel torcida e com a opinião pública pela transparência das informações. No entanto, esclarece que dados referentes a remunerações pessoais, como salários, luvas e direitos de imagem, são privados e preservados com base na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e na Constituição Federal"

O diretor-executivo do Corinthians ainda tratou de explicar como equilibra investimentos em contratações e dívidas:

"Você tem fluxo de receita entrando. Mas se você fizer a conta da aquisição e intermediação desses jogadores ao longo de 2024, o impacto total é na casa dos R$ 100 milhões. A gente vai usar o recurso do Moscardo (vendido ao PSG), que está sendo antecipado, próximo a R$ 90 milhões, para bancar esse impacto no primeiro ano". 


Por fim, Rozallah Santoro admitiu que o clube paulista está devendo direito de imagem para os jogadores há três meses. "Os salários estão em dia, a CLT está em dia. O direito de imagem, alguns estão atrasados. Salvo engano, desde outubro do ano passado. A gente assumiu com dois meses de atraso e neste primeiro mês de gestão não conseguimos colocar em dia".

Para concluir, o diretor informou o valor total da dívida do Corinthians: "A gente sempre sentia falta de a dívida da arena ser tratada junto com o todo. Era super normal a gente ouvir que a dívida do clube era na casa dos R$ 900 milhões. Só que esse número ignorava os R$ 700 milhões da Arena. A gente sabia que a dívida era, sim, na case de R$ 1,6 bilhão. Como essa dívida é composta? São três grandes blocos. O primeiro é a arena, de R$ 700 milhões, financiado para 21 anos, com uma taxa de juros baixo. Então o desafio com a Arena é seguir com os pagamentos ao longo dos anos...

"Um outro bloco importante da dívida é a parte de impostos. O Corinthians deve hoje R$ 550 milhões de impostos. São impostos federais, que estão em dois programas de refinanciamento. O outro bloco, que é o que mais consome energia no dia a dia, é o bloco do curto prazo. A gente sabia que a situação era essa, que o volume de dívida era de quase R$ 400 milhões. O que a gente não sabia era que metade dessa dívida já estava vencida. É isso que pressiona o nosso dia a dia. A dívida de curto prazo, que vence até o meio do ano. Esse é o nosso cenário atual", concluiu.

Papo reto
Curtiu as novas contratações do Corinthians, acredita que o clube está gastando mais do que pode ou faz bem e investir mesmo devendo na praça? Deixe sua opinião nos comentários.

COMENTÁRIOS

  • 0 Comente