Quanto dinheiro o Catar gastou na Copa do Mundo?

Por: Marco Tucci

A Copa do Mundo de 2022 está prestes a começar e será realizada de 20 de Novembro a 18 de Dezembro no Catar.

A 1ª VEZ
Pela 1ª vez na história, o Mundial será realizado no Oriente Médio

A MAIS CARA DA HISTÓRIA
Com grande investimento, a Copa do Catar será, de longe, a mais cara da história. Confira abaixo o ranking com os países que mais investiram nos Mundiais:

1) Catar 2022 ($200 bilhões – mais do que 1 trilhão de reais, na cotação atual)*
2) Brasil 2014 ($15 bilhões)
3) Rússia 2018 ($11,6 bilhões)
4) Japão 2002 ($7 bilhões)
5) Alemanha 2006 ($4,3 bilhões)
6) África do Sul 2010 ($3,6 bilhões)
7) França 1998 ($2,3 bilhões)

*Segundo o SportInsider, o valor gasto pelo Catar aumentou para $220 bilhões, o que não foi confirmado em outras reportagens consultadas pela equipe Futboo.

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INFRAESTRUTURA DE PRIMEIRA
Com uma população de 2,8 milhões de habitantes, o Catar tem como objetivo principal desenvolver o país (o consolidando como um país turístico), além de dar um alto padrão de vida para a população até 2030. Para isso, investiu pesado em uma infraestrutura moderna com hotéis sofisticados, transportes subterrâneos, estádios e aeroportos.

Para se ter uma ideia, só com estádios foram gastos de US$ 6,5 bilhões a US$ 10 bilhões (10% do orçamento total). Todas as arenas serão aromatizadas para amenizar o forte calor na região. Inclusive foi justamente por conta do clima que a Copa será realizada entre Novembro e Dezembro e não em Junho e Julho, como de costume.

FORTES ACUSAÇÕES
Desde que foi escolhido como país-sede, em 2010, o Catar enfrenta polêmicas fora de campo, já que houve acusação de suborno e de abuso dos direitos humanos.

Após a ser noticiado em 2011 que o país teria comprado o apoio de dirigentes ligados ao futebol visando à candidatura do Mundial, a FIFA tratou de desmentir as supostas irregularidades, mas em 2015, Joseph Blatter, então presidente da entidade, renunciou ao cargo em meio a investigações criminais de autoridades da Suíça sobre as candidaturas às Copa de 2018 e 2022.

Além desse escândalo, o Catar ainda foi acusado em 2017, pelo grupo de direitos humanos “Anistia Internacional”, de usar trabalho forçado em suas construções, com muitos trabalhadores vivendo em acomodações precárias, com altas taxas de recrutamento, salários retidos e passaportes confiscados. Segundo o governo catariano, uma nova legislação destinada beneficiou os trabalhadores migrantes, além disso foi introduzida uma lei para os trabalhadores domésticos com um fundo de apoio e seguro.

Segundo o jornal britânico The Guardian, ao menos 6,7 mil migrantes morreram no Catar entre 2010 e 2020, número que foi desmentido pelos organizadores do Mundial.

PAPO RETO
A ideia do país rico em gás é abafar as polêmicas e se enriquecer ainda mais até 2030. A pergunta que não quer calar: quantas mortes tiveram que acontecer para o Catar tornar o seu sonho uma realidade?

Referências: SportInsider, Folha de S.Paulo e The Sun