Mauro Beting

Mauro Beting


Quem tem Boca vai ao Rio

06 Outubro 2023 - 09:23 - Atualizar: 06 Outubro 2023 - 10:01

Desde que chegou ao maior finalista de Libertadores, o goleiro Romero defendeu metade dos pênaltis que bateram contra um time que não ganhou os 12 últimos jogos de mata-mata. Boca hexacampeão continental que sabe jogar e antijogar a Libertadores. Sabe fazer o jogo mental e até sujo para picotar, parar, irritar e contar com a conivência da arbitragem que não coíbe a falta de esportividade, e não acresce o tempo roubado e devido pela cera.

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O Boca levou a decisão equilibrada como quis. Para os pênaltis. Ainda que melhor na primeira etapa, quando abriu o placar com Cavani, em bela arrancada de Merentiel em raro bote infeliz de Gómez. 

Como foi a escolha de Abel ao manter a ideia da Bombonera: Marcos Rocha como terceiro atrás, com Zé Rafael e Menino como volantes, Veiga tentando e pouco armando, Mayke e Piquerez espetados, Arthur e Rony atacando por dentro. 

Pouco fez o Palmeiras. Mais faria na segunda etapa com a (tardia e brilhante) entrada de Endrick, na ponta-direita, com Kevin pela esquerda. Veiga assumindo melhor a armação. O Boca jogando ainda menos e batendo mais a ponto de o árbitro não ter como não expulsar Rojo, aos 18. Nove minutos antes de Piquerez justamente empatar o jogo que Rony quase desempatou em bike espetacular. Muito bem defendida por Romero que segurou um Palmeiras também travado por escolhas que não rolaram. Por feras que não bateram bem os pênaltis bem defendidos por Romero. 

Gente que tem muito crédito pelo que têm feito neste momento histórico palmeirense. Feras que não são bagres expiatórios com a segunda semifinal perdida seguida - depois de dois títulos continentais. 

O Palmeiras precisa mesmo de reforços. Mas não tantos. Tem um potencial enorme na base. Só precisa ser mais usada. Como os moleques mostraram a todos. Até a Abel.

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