Como o Cruzeiro chegou no fundo do poço: Há luz no fim do túnel?

Entenda como uma nova lei do futebol brasileiro, que transforma o clube em empresa, pode ajudar a reconstruir a Raposa, fazendo com que a XP Investimentos antecipe recursos que ainda serão gerados pela Sociedade Anônima.

Como o Cruzeiro chegou no fundo do poço: Há luz no fim do túnel?
20 Agosto 2021 - 11:27 - Atualizar: 22 Agosto 2021 - 18:16
Atolado em dívidas, que chegaram a R$ 897 milhões segundo balanço financeiro de 2020, o Cruzeiro vive a pior crise da sua centenária história. Devido aos défices, a Raposa já sofreu com a perda de pontos, iniciando o Campeonato Brasileiro da Série B do ano passado com 6 pontos negativos. Além disso, o Cruzeiro também já sofreu com o famoso transfer ban, uma punição da FIFA que proíbe o clube de realizar novos registros de atletas. Em caso de novas dívidas, o clube mineiro pode inclusive ser rebaixado para a Série C

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Algo difícil de imaginar a um clube que há 3 anos comemorava a sua 6ª Copa do Brasil (1993, 1996, 2000, 2003, 2017 e 2018), sendo o time até hoje que mais ganhou o segundo Campeonato mais importante do nosso País. Difícil imaginar que isso está acontecendo a um clube bicampeão da Copa Libertadores (1976 e 1997), entre outros títulos de expressão. Mas duas perguntas não querem calar e tentarão ser respondidas ao fim desta matéria: Como o Cruzeiro chegou no fundo do poço? E mais: Será que há luz no fim do túnel?

POR QUE O CRUZEIRO ESTÁ EM CRISE? 
A primeira pergunta tem uma resposta mais definida: a herança do passado. Sim, a famosa irresponsabilidade de gestões anteriores, e que servem de exemplo para outros clubes que saem gastando loucamente sem se preocupar com o amanhã. É preciso planejamento, responsabilidade, se não as dívidas chegam e a FIFA baterá na sua porta para cobrar o direito dos jogadores. As dívidas vêm de acordos/indenizações de processos judiciais, atualização de juros/empréstimos, queda de receitas na Série B, redução em vendas de direitos econômicos, sem faturamento nos estádios (bilheterias), queda no número de sócios torcedores, além da queda das publicidades e transmissões de TV. 

CRUZEIRO: HÁ LUZ NO FIM DO TÚNEL? 
Desde junho de 2020, 6 técnicos passaram na gestão Sérgio Rodrigues: Enderson Moreira, Ney Franco, Luiz Felipe Scolari, Mozart e agora Luxemburgo, que só aceitou o cargo no início de Agosto depois da diretoria prometer tudo o que pagaria o que devia ao elenco, para assim mudar o ambiente do vestiário. Para isso, a Raposa contou com a ajuda do seu principal investidor: Pedro Lourenço, que pagou cerca de R$ 9 milhões e acertou boa parte dos débitos com os jogadores e funcionários do clube. 
Pedro Lourenço e Sérgio Rodrigues: os homens fortes do Cruzeiro

Uma nova lei do futebol brasileiro, que transforma o clube em empresa, pode ajudar a reconstruir o Cruzeiro, fazendo com que a XP Investimentos antecipe recursos que ainda serão gerados pela Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube. Ou seja, há luz no fim do túnel e a imensa torcida do Cruzeiro também (quase 4 milhões de torcedores) têm papel fundamental nesta busca pelo protagonismo. 

SITUAÇÃO DIFÍCIL NA SÉRIE B, INDÍCIOS DE MELHORA NO CAMPO EM MAIS PROCESSOS FORA DE CASA
Mas não se engane, torcedor. Não será nada fácil. Se a situação em campo melhorou desde a chegada do técnico Luxembrugo, fora dos gramados há muito o que se fazer. Inclusive, na quinta-feira (19) saiu a notícia de que o Cruzeiro foi condenado a pagar R$ 4,3 milhões ao ex-jogador do clube, Egídio. Rodriguinho e Arthur Caíke também estão processando a Raposa e a lista não para por aí.
Será que o técnico Luxemburgo conseguirá tirar o Cruzeiro desta situação?

Será preciso apoio, paciência, investimento de quem acredita no Cruzeiro. A luta continua, que a Raposa seja reconstruída tijolo por tijolo e volte a ser o Temido Cabuloso. Tostão, Alex e outras Lendas agradecem. Quem viver, verá! 

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