Diniz fala sobre sua saída da Seleção: "Com mais tempo, iria dar resultados muito importantes"

Independentemente da saída repentina, o treinador se mostrou grato pela oportunidade

Diniz fala sobre sua saída da Seleção: "Com mais tempo, iria dar resultados muito importantes"
02 Fevereiro 2024 - 14:23 - Atualizar: 02 Fevereiro 2024 - 14:44
Fernando Diniz, até poucas semanas, era o treinador interino da Seleção Brasileira. O técnico do Fluminense era uma aposta da CBF para esperar da chegada de Carlo Ancelotti. Após a negativa do italiano, havia esperança que o brasilerio fosse efetivado, o que não aconteceu. Na noite da última quinta-feira (2), após a vitória sobre o Bangu, Diniz abriu o jogo sobre sua saída. 

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Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, escolheu Dorival Júnior para assumir o cargo de treinador na Seleção; o representante da CBF alegou que havia prometido a Mário Bittencourt, presidente tricolor, de não prejudicar o Fluminense. Diniz foi perguntado se ficou chateado com a “demissão”, e respondeu: 

“Queria que tivesse sido diferente. Mas são águas passadas. Temos que tocar a vida em frente. Tenho muita clareza daquilo que fiz para a seleção brasileira e o meu contato com os jogadores e a Seleção está em boas mãos agora. Eu tinha muita convicção de que aquilo, com mais tempo, iria dar resultados muito importantes. Tinha um feeling muito claro disso. Para quem estava internamente também tinha nitidez do que estava sendo feito. Seis jogos é uma amostragem extremamente pequena. Infelizmente falamos muito dos resultados de curto prazo e canso de falar que é um dos males do futebol brasileiro. O trabalho precisa de um pouco mais de tempo. Não por ser eu, mas qualquer pessoa precisa de um pouco mais de tempo. Não dá para você ter uma amostragem muito pequena e ficar fazendo qualquer tipo de avaliação. O jogo com a Argentina, por exemplo, foi um jogo grande que o Brasil fez e que não teve resultado. Aquilo, na sequência do trabalho, iria melhor, muito provavelmente, a performance e os resultados chegariam. Mas saio com um sentimento de ter feito o melhor, ter criado relações especiais com os jogadores e o estafe que estavam comigo.”

O atual campeão da Libertadores afirmou que não trocou mensagens com Dorival Júnior, e agradeceu a oportunidade de comandar a Seleção Brasileira. 

“Foi um enorme prazer ter tido essa oportunidade. Trabalhei com afinco total no tempo que estive lá. Foi um processo de transição difícil. Muitos jogadores que estiveram na Copa do Mundo com algum tipo de problema, lesão, cartão, alguns jogadores que víamos com uma idade avançada e resolvemos apostar para ir reformulando. O trabalho, em si, estava sendo muito bem feito e tinha muita confiança de que iria gerar frutos muito importantes para a Seleção. Isso que conseguia ver nos treinamentos junto com os jogadores e o estafe. Agradeço a oportunidade que me foi dada e tenho plena convicção que o trabalho foi muito bem feito. Às vezes, o resultado do campo não acompanha o trabalho de maneira imediata. Todavia, o presidente colocou no seu discurso em relação à minha saída sobre o compromisso que ele tinha com o Mário Bittencourt de não me tirar do Fluminense. Essa conversa realmente existiu quando estivemos na CBF” - Confessou Diniz no pós-jogo.

A história de Fernando Diniz na Seleção Brasileira durou apenas seis jogos, onde ele venceu a Bolívia e Peru, empatou com a Venezuela, e perdeu para Uruguai, Colômbia e Argentina.
 

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