Mauro Beting

Mauro Beting


51 a 49 na Libertadores

26 Setembro 2023 - 10:02

Os dois duelos da Libertadores são muito equilibrados. Nem sempre são numa semifinal. Como nunca serão imerecidos para quem vai tão longe. 

O Fluminense que oscilou muito na temporada parece mais pronto, com jogadores mais desequilibrantes, e, óbvio, com um trabalho mais longevo de Fernando Diniz, acumulando cargo também com a seleção brasileira. O retorno de Alexsander ajusta a equipe e reequilibrar um time que tem propensões a estar desajustado e exposto sem a bola. Mas com jogadores que sabem muito bem o quase fazer quando tem a pelota.  

E eles terão que fazer muito agora. Na janela de meio de ano, o Internacional se reforçou muito bem. Rochet na meta, Enner Valencia no comando de ataque, são nomes que foram fundamentais para o Inter chegar à semifinal da Libertadores. Posição que não parecia imaginável ao enfrentar o forte River Plate. E nem mesmo vencer como ganhou bonito do Bolívar em La Paz. Um Inter preparado na Libertadores, mas que ainda corre algum risco no Campeonato Brasileiro. Própria situação de um futebol muito equilibrado e ao mesmo tempo difícil de prever. 

No Maracanã, a provável entrada de Mello na lateral-direita colorada daria mais consistência contra o forte lado esquerdo ofensivo do Fluminense. Bustos pode ser guardado para s volta no Beira-Rio. Retorno que ainda provavelmente estará em aberto. 

As chances são muito equilibradas. O nivelamento é notório. Tipo 51% de favoritismo para um lado. Só não me pergunte qual...

Como aqui não estou para ser o tradicional Muro Beting, vou chutar um ligeiro favorito. A equipe que tem mais jogadores desequilibrantes. O Fluminense.

Na outra semifinal, o buraco é ainda mais embaixo. Ou acima. Na história, em três mata-matas de Libertadores, o Boca Juniors passou pelo Palmeiras em todos. Quando tinha mais time ou não. Como, agora, tem mais camisa que futebol. Bons jogadores, mas ainda não se encontrou como equipe. 

O Palmeiras está mais pronto. Preparada. Embora não viva seu melhor momento na temporada, sobretudo com a bola nos pés e com ela para tentar definir as partidas. Em 2000, e sobretudo em 2001, o Verdão foi muito prejudicado pela arbitragem. Algo que a comissão técnica atual extrapola a reclamação. Se o time de Abel se perder ainda mais em reclamações, mesmo que justas, pode perder a cabeça fria, o coração quente, e a língua esturricada em reclamações exacerbadas. 

Bola por bola, o Palmeiras é melhor, decide no Allianz Parque, e tem reais condições de chegar a mais uma final de Libertadores. É só encontrar o gol. É só achar o equilíbrio emocional que vence o Boca. 

Mas com o mesmo equilíbrio da outra semifinal brasileira. É 51 para o Palmeiras, e 49 para a camisa do Boca. Mais do que a pelota da equipe xeneize.

COMENTÁRIOS

  • 0 Comente