Quando um crime é cometido, quando se conhece o autor ou quem tem a responsabilidade objetiva a respeito, quando se tem a possibilidade de ser tão rigoroso quanto justo na punição que também se pretende educativa (no sentido de coibir que se repitam atos como esse), não pode haver recuo. Nem omissão.
Quantas emboscadas já não aconteceram contra ônibus de delegações rivais no Brasil?
E quantas vezes atos deploráveis e covardes como esses não foram feitos contra veículos do próprio clube pelos quais os vândalos torcem?
Resposta simples: vários. Há anos.
Quantos criminosos foram pegos? Quantos clubes foram punidos esportivamente por crimes assim?
Não preciso responder.
Mas é preciso ter respostas urgentes agora. Começar do que não tem cabimento. É preciso agora fazer o que empurramos com a barriga cortada e o coração também.
Assim como agressões e violências sexuais começam a ser punidas na Espanha depois de séculos de brutalidade contra as mulheres, comecemos a ser rigorosos no Brasil para tentar evitar o que aconteceu com a delegação do Fortaleza.
Para que na próxima rodada não seja a do Sport. Do meu Palmeiras. Do seu Flamengo. De qualquer pessoa física e jurídica.
Se antes foram impunes agressores de mulheres e de atletas, que agora façamos justiça ativa. Sem justiçamento. Sem ânimo retroativo. Apenas pró-ativo para impedir que cenas assim se repitam.
O rigor da lei deve ser norma. Não anormal.
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