Mauro Beting

Mauro Beting


Importante é participar...

12 Fevereiro 2024 - 16:29

Quando o Brasil de Ernesto Paulo foi eliminado no violento Pré-Olimpico do Paraguai, em 1992, o Brasil tinha Márcio Santos na zaga (dois anos depois titular no tetra); tinha Bismarck (que estivera na Copa-90); tinha Cafu e Roberto Carlos nas laterais, Dener que já era realidade e Marcelinho Carioca que seria no ano seguinte; Élber que começava a fazer seus muitos gols na Europa; Elivelton que terminara 1991 como titular da Seleção de Parreira.

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O fiasco e a queda prematura não abreviaram carreiras. Ao contrário. Como também a eliminação no Pré de 2004 do Brasil de Ricardo Gomes não impediu que Robinho, Diego, Nilmar, Edu Dracena, Maicon, Gomes, o zagueiro Alex, Elano, Dagoberto, Daniel Carvalho e Maxwell tivessem as carreiras vitoriosas que tiveram. Em clubes e Copas.

Não é o fim do mundo para quem começa carreira. É "apenas" o fim do sonho do tri olímpico. De preparações vencedoras que também não foram exemplares. Mas venceram, em 2016 e 2021.  Diferentemente do Brasil que piorou a cada jogo do catado de Ramon Menezes. Treinador que não foi feliz no time principal. Não foi bem no Sub-20. E desempenhou ainda pior no Pré na Venezuela. Com erros primários de montagem. Pré-maternais nas mudanças e escolhas.

O Brasil conseguiu não apenas a proeza de perder três jogos no torneio. Foi piorando a cada partida. E não merecia mesmo melhor sorte. Até por só por fortuna ter vencido no finzinho contra a Venezuela uma partida que merecia perder. É tão feio como não jogou no quadrangular final.

Em qualquer time, quem ganha, perde e empata é jogador. Os 11 ou 16 que entram em campo. Treinador tem sua parcela. Direção, também.

Mas, em seleções restritivas, e também limitadas como a de 2024, a participação da comissão técnica e direção é maior.

E com uma geração que está anos-sem-luz das citadas acima, ficou impossível chegar à Cidade Luz em 2024.

Não é o fim do mundo. Nem o final de carreiras. Mas a geração não é daquelas. Ainda que tenha Vítor Roque (que não pôde vir, como outros nomes bons não liberados). E, sim, o time que tinha Endrick. E muito Endrick.

Quem se salvou no fiasco. Não foi o de sempre e nem o que será. Mas foi o cara com menos de 18 anos entre marmanjos sub-23. O mais jovem do grupo. E quem não tem parâmetro lá dentro.

Cobrar do futuro atacante do Real Madrid muito mais do que não rolou na Venezuela é covardia.  Ou absoluta falta de noção futebolística. Concorrente ao Prêmio Ednaldo Rodrigues 2024.

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