Mauro Beting

Mauro Beting


Anote e me cobre no Brasileirão 2024

15 Abril 2024 - 18:24

Muro Beting desce dele e, como no ano passado, vou chutar a posição final de cada clube no BR-24. Não é torcida. Apenas palpite. Mutável como cabeça de cartola. Dinâmico como ânimo de torcida. Incoerente como jornalista que se despreza. Maluco como nosso calendário intenso e com o mercado desfalcando equipes durante o Brasileiro. Imprevisível como atuação de árbitro e VAR: embora elas vão gerar previsíveis reclamações e ranger de dentes de fazer perder até a razão. Como já vimos na primeira rodada polêmica de apito e vídeo.

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Ok. Tem torcida minha nos palpites. Mas apenas pelo campeão. Bi. O maior deles no forneio. E, pelo Abel mantido, só não me parece o maior candidato por perder Endrick logo de cara. E não ter como o repor.  Se em 2023 cravei Palmeiras campeão,  não é fácil repetir a dose. Ainda mais para ser tri. Ainda mais com um Flamengo com cada vez mais dinheiro. Elenco rico em tudo. E, agora, com um Tite à altura de tudo isso. Depois de um 2023 deplorável pelo nível de investimento, o ano começa com poucos gols tomados e jogos sofridos. E, quando tem atuação sofrível em Goiás, na estreia contra o Atlético que merece um gramado melhor, ainda volta com vitória. Em pênalti discutível no final que eu teria marcado - pelo VAR.   

Na minha aposta, se segue sendo difícil o Palmeiras perder, parece mais natural o Flamengo vencer. É o meu favorito para ser campeão. E pode não ser apenas do Brasileiro. Como, por óbvio, vai disputar os demais títulos com o bi-tri paulista que venceu o Vitória em Salvador girando bem seu competitivo elenco. Desde que o Flamengo também jogue mais do que atuou até agora sem ser no RJ-24. 

 O Atlético Mineiro segue na luta. Gabi Milito pode elevar o legado de Felipão. O elenco é muito bom. Para brigar também por tudo. Como no empate sem gols e mais apito polêmico em Itaquera. Como não se pode desprezar o campeão da Libertadores. Fluminense que fecha o meu G-4. Ainda que rateando como fez no empate na primeira rodada. 

 Na minha bola de cristal nem sempre brilhante, aposto mesmo no Inter como quinta força. Não sei se com Coudet. Mas com o elenco que tem, a sede por ser o que não é desde 1979, pode estar entre os bambas. No centenário rubro-negro, com Cuca fazendo das dele, o Athletico vem forte na sequência. E com bons estrangeiros para escalar.  Como demonstrou no 4 a 0 no Cuiabá. 

 São Paulo hoje joga cada partida para saber se mantém Carpini. É daqueles elencos que podem fazer mais com o que têm hoje. Mesmo sem mudar o treinador. Apesar da má estreia em casa contra o Fortaleza. Botafogo com novo comando é o meu oitavo. Ano passado, achava que seria o 14º. Teria quebrado feio a cara no turno. Como queimei a língua achando que já tinha ganhado o BR-23. Se Textor não se perder tanto, o time deve se manter entre os melhores. 

 Grêmio, ainda mais com Renato na casamata, não se tira nunca da reta. Mas segue muito instável.  Como a arbitragem na derrota polêmica para o Vasco. Como o Corinthians que deve fazer um torneio melhor do que o o SP-24 e do que o BR-23 (o que não é muito difícil).

Abrindo a segunda página da tabela do Brasileirão, o Red Bull Bragantino. Outro que tem oscilado demais para elenco tão equilibrado. Ano passado foi melhor do que a encomenda. Este ano se sai melhor fora de casa, como na primeira rodada. Não sei... Aliás, não sei um monte em futebol tão nivelado. 

 Vasco viria a seguir. Ainda é pouco o 12º lugar. E acho mesmo que tem potencial para queimar minha língua. Mas não tanto. Pode subir algumas posições. Mas não tantas. 

Fortaleza, ainda que exemplo no Brasil e na América, não me parece pronto para manter o nível histórico das últimas temporadas. Mesmo com Vojvoda dando show de paixão e profissionalismo pelo clube e cidade.  Bahia viria a seguir. Com ótimo treinador, elenco, estrutura, torcida.  Mas ainda devendo bola. O clássico Ba-Vi de volta se manteria até na tabela. O campeão baiano estaria na cola do rival. Sofrendo um bocado. Mas se mantendo entre os bambas e escapando das bombas e dos campos minados da degola. 

Onde o Cruzeiro não me parece preparado para fugir da zona da confusão no BR-24. É o mais ameaçado entre os grandes no pontapé inicial do Brasileiro. Até por começar quase do zero um novo comando técnico no clube. Mas a Raposa bate na trave. Não cai em campeonato cruel. Onde quatro em 20 são rebaixados. É muita coisa. Alguns bons podem ficar em péssima posição.

Dolorido falar. Palpitar. Então serei  sucinto. Juventude, Cuiabá, Atlético Goianiense e Criciúma merecem estar onde estão, na turma de cima do nosso jogo. Mas não será fácil. O Dourado, o mais jovem entre todos eles, mais ainda merece muitos elogios. Só ele, Flamengo e São Paulo ainda não caíram na Série A. Em 2023, chutei que seria o lanterna. Foi décimo. Este ano promete a mesma luta o Cuiabá. Mas é duro. Como será para o Dragão, mesmo com bons trabalhos recentes. Como será um perrengue para Juventude e Criciúma, que estrearam empatando. Clubes que não têm  os recursos de outros rivais. Mas que podem se fiar no que fizeram em Copas do Brasil nos anos 1990 para sonhar na manutenção na série A em 2025. 

Não vai ser bolinho para ninguém. Mas é capaz até de ir longe batendo só uma bolinha. Para deixar registrado para a posteridade e para meu nome ser pregado em poste: as posições finais dos meus palpites. 

1. Flamengo 
2. Palmeiras 
3. Atlético Mineiro 
4. Fluminense 
5. Internacional 
6. Athletico 
7. São Paulo
8. Botafogo 
9. Grêmio 
10. Corinthians 
11. Red Bull Bragantino 
12. Vasco 
13. Fortaleza 
14. Bahia 
15. Vitória 
16. Cruzeiro  
17. Atlético Goianiense
18. Juventude  
19. Cuiabá 
20. Criciúma

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