Lucas Moura saiu há 10 anos do Brasil. Mas parece que nunca deixou Cotia e o Morumbi. Celebrou a grande atuação e vitória contra o amuado e amedrontado Corinthians como se fosse o mesmo menino que cresceu no Tricolor.
E que voltou agora para uma casa onde de fato nunca saiu. Por ter mantido a paixão com que veste a camisa de três cores como se fosse um dos milhares melhores em campo: os torcedores que há anos têm enchido o seu estádio mesmo com times que enchem sua paciência. O São Paulo foi enorme. Mas o maior de todos foi quem celebrou como se fosse um menor de idade. Lucas Moura.
Um que levou o São Paulo à sua segunda decisão de Copa do Brasil. Muito pouco para um tricampeão da América e do mundo. Mas que pode ser o final de uma zica incompreensível. Tanto quanto querer entender esse Flamengo que se perde da boca pra fora. Pra dentro do vestiário. Mas que, lá dentro do Maracanã ou da Arena, tem jogadores que resolvem um time ainda estranho de um elenco que precisa fazer mais.
Flamengo ou Dorival Júnior: quem será bicampeão da Copa do Brasil? Na bola, duelo equilibrado. Como acabou não sendo o Majestoso no Morumbi. O Corinthians não entrou com 9 zagueiros para o jogo de volta, como havia brincado Gil. Porque o Corinthians não foi a campo no primeiro tempo em que foi triturado pelo São Paulo de Lucas Moura. Uma cria de Cotia que não parece que ficou 10 anos na Europa. O camisa 7 jogou e se divertiu e se emocionou como criança no Morumbi. O São Paulo fez 2 a 0 e
Sofreu além da conta no final. Mas seria injusto não se classificar pelo que jogou. E pelo que o Corinthians não fez. No Maracanã, deu a lógica. Flamengo venceu mais uma vez com pênalti discutível o Grêmio e mereceu em campo a classificados que a direção desgovernada e o elenco conturbado quase se perdeu a tapa. A torcida de novo fez mais bonito que o time e o leva a mais uma decisão tão imprevisível como o próprio Flamengo.
COMENTÁRIOS