Se o Gabigol manda um beijo ao ex-treinador multicampeão ano passado com ele no Flamengo antes da péssima partida do goleador e do time do Sampaoli na decisão da Copa do Brasil, nem os mais cricris críticos rubro-negros terraflanistas reclamariam.
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Se um dos maiores ídolos da história do clube abraçasse seu ex-técnico de Flamengo e Santos quando saísse de campo depois de mais uma jornada lamentável dele e do time do perdido Sampaoli, talvez fosse menos criticado do que a reação debochada do goleador enquanto deixava o gramado vaiado depois de mais uma atuação abaixo da excelente média de Gabriel Barbosa.
Se o planeta fosse mais humano, seríamos mais tolerantes, respeitosos e pacientes com o beijo enviado de um amigo para um amigo depois de derrota merecida para o merecido sucesso do São Paulo no Maracanã cheio que só pôde aplaudir o torcedor que foi. E não a renda exorbitante em todos os sentidos. E menos ainda um Flamengo que não se acerta. Mais perdido que os jogos de Sampaoli e dos pavões urubus de sua desgovernada direção.
O Flamengo de novo foi muito mal. O São Paulo de Dorival, ex multicampeão pelo Flamengo, foi muito bem na primeira etapa como não vinha sendo como visitante. Ganhou lindo por 1 a 0 em clássico de poucas chances. O de menor finalizações em 10 finais de Copa do Brasil. O de menor noção de um monte de coisa na nação rubro-negra. E no mundo que fala mais de quem perde feio do que de quem ganha bonito como o São Paulo.
Favorito como nunca para acabar com a zica de jamais levantar uma Copa do Brasil. E depois de passar por Palmeiras e Corinthians. E possivelmente por esse time que tem uma torcida como a do Flamengo. Usa a camisa do Flamengo. Tem elenco estelar como o Flamengo. Mas não tem um estalo de Flamengo há tempos mal bolados e pior jogados. Um dos piores custos malefícios da história do clube nesta temporada bisonha e irritante até para quem não é Flamengo.
Difícil entender o que não rola e não joga mais. Como é difícil entender para quem não saca o que é esse jogo, como tanta gente se irritou com um aceno entre amigos depois da partida decepcionante. Cena na entrevista de Dorival que serviu para demonizar o ídolo rubronegro apenas por ter cumprimentado seu ex-comandante.
Se falta comando no Flamengo mesmo com tantas vitórias e taças erguidas, parece mesmo faltar um pouco mais de humanidade em todos nós. Não podia ser motivo para tanta indignação uma ação humana como a de Gabi. Mas este é o nosso mundo desumano e imundo por intolerâncias e impaciências. Por imagens que valem mais do que mil palavras ou de 26 milhões de rendas.
Sim, se sou Lil' Gabi, eu teria mandado um zap logo depois pra Dorival. Até para evitar que a análise rasa de mais uma atuação ruim dele é ainda pior do time onde joga seja ainda mais conspurcada do que um cumprimento para um amigo. Numa derrota, não se perdoam amigos. Ainda mais quando andam distantes da bola e do que sabem fazer com ela. O São Paulo não tem nada com isso. Merecia mais espaço neste texto. A vitória foi histórica. Mas parece que a gente gosta mesmo é de histórias desse tipo. Não de quem faz história.
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