Eu esperava 4 a 0 para o Brasil contra a frágil seleção da Venezuela, em Cuiabá. Nem Maduro, Chávez, seu Madruga poderiam esperar o golaço de bicicleta de Bello, o que empatou o decepcionante jogo na Arena Pantanal.
A seleção de Diniz criou três oportunidades apenas na primeira etapa chocha. Três tiros de fora da área de Neymar e Casemiro. A seleção vinotinto só teve uma chegada perigosa contra a meta de Ederson, numa cabeçada do santista Rincón.
Como gosta o treinador brasileiro, a equipe se concentrou em um lado do campo. Rodrygo saía da direita para aglomerar com Vinícius Júnior, mais a chegada por trás de Arana, e Neymar zanzando e querendo jogo por dentro.
Mas só acontecerá algo de útil nos primeiros 15 minutos do segundo tempo. Quando Gabriel Magalhães fez de cabeça o primeiro gol brasileiro depois de escanteio batido por Neymar. A seleção criaria outras três chances, mas não mais do que isso. Pensando na dureza da batalha de Montevideu contra o Uruguai já na próxima terça-feira, Diniz foi tirando seus principais jogadores e colocando gente pra rodar. Não era má ideia. Não era desprezo diante de um frágil rival. Era uma necessidade.
Pena pra ele e pra seleção é que a Venezuela chegou mais uma e vez e fez um gol belíssimo.
O mais bonito destas Eliminatórias.
Muito provavelmente, o mais lindo que a Venezuela já fez.
Diniz, como comandante, tem responsabilidade pelo empate murcho. Mas mais irresponsável é achar que falta sempre organização defensiva às equipes dele. Desta vez, não.
Como, desta vez, faltou mais qualidade técnica, criatividade, e passes menos errados para o Brasil que decepcionou em Cuiabá. Para uma torcida que apoiou realmente o tempo todo uma seleção que não jogou bem.
É que vai oscilar tanto quanto a análise que incensa Diniz contra a Bolivia e o incinera contra a Venezuela.
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