Mauro Beting

Mauro Beting


O Palmeiras voltou?

22 Julho 2023 - 19:00 - Atualizar: 22 Julho 2023 - 19:05

Estreia é tão importante que devia ser a última coisa que a gente faz. Como, por definição, não pode ser, segue o jogo. Bater minhas primeiras de muitas bolas e linhas com o FUTBOO é prazer de ofício. Ainda mais depois da primeira vitória depois de cinco partidas do time que me fez amar futebol e que, por tabela, me faz estar com vocês nestes 33 anos de jornalismo esportivo. 

O Palmeiras venceu no Allianz Parque o ótimo Fortaleza por 3 a 1. Placar que foi maior do que a diferença entre as equipes em campo. Como se viu no mesmo horário o injusto lanterna América quase vencer o Flamengo, no Maracanã. 

O Palmeiras vencer em casa não seria “notícia” ou espanto até a Data Fifa. De lá pra cá, as partidas palmeirenses estão mais perdidas do que a CBF para definir o novo treinador da seleção. Veiga não vinha sendo mais o que é, Rony mais corre do que joga, Weverton não operava mais tantos milagres (como fez pelo menos três vezes), Piquerez não articula tanto. 

Dos que não serviram suas seleções, quase todos estão jogando menos do que sabem ou podem. Até Abel está trocando pior. Mais lentamente. Ou não mantendo a equipa com a cabeça fria. E a língua mais quente que o coração. 

Mais do que os reforços que não chegam pelos “valores que assustam” a direção, o problema do Palmeiras é que o atual elenco está produzindo menos. E até caindo fisicamente o que ninguém desempenhava tanto. 

Para piorar, ou não melhorar, problema mesmo para o Palmeiras é o Botafogo. Para o Verdão e para os 18 rivais nacionais. A situação no BR-23 seria menos traumática não fosse a histórica campanha alvinegra. 

Correr atrás do bi-dodecacampeonato nacional ficou bem mais difícil. Mas não impossível para tamanho equilibro no país. E para um grupo naturalmente tão equilibrado e bem preparado por Abel. 

Normal é oscilar. Anormal é quase tudo que o Palmeiras tem feito com Abel desde novembro de 2020. História digna de estar entre os melhores treinadores da galeria alviverde. Para não poucos da galera, o melhor de um clube que teve Luxemburgo, Felipão e Brandão. 

Não tem como cravar que o “campeão voltou”. Mas tem ainda menos dizer “crise no Palmeiras”!

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