Tem jeito, Fortaleza. O último pênalti em Maldonado foi no alvo. Como os outros dois defendidos por Rodríguez também atingiram a meta. Não entraram como o gol inicial de Lucero que iluminou o sonho leonino no Uruguai. Não furaram a rede como o do algoz Alzugaray no empate da LDU. Mas os três chutes perdidos pelo Fortaleza na sua maior jornada em 105 anos não foram desperdiçados. Eles tinham o alvo. Eles sabiam o que faziam. Mas o rival, bicampeão da Sula, também soube.
O sentimento tricolor é o que sentimos de Punta a Punta, desde o primeiro jogo pela Libertadores até o último no título que escapou nos dedos do goleiro equatoriano.
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Se tem tricolor que sabe, e é fato, que podia mesmo ser uma festa eterna, lembre o que foi em 2009 a queda para a C.
Quando em 2010 só empatava até não passar pelo Águia de Marabá. Em 2011 o que era o clube quando o Fortaleza só lutou para não cair pra D contra o CRB.
Em 2012 o que não era perder o Norte contra o Oeste no PV e se perder atirando cadeiras no gramado. Em 2013 levar no fim o gol de Paulo Sérgio, do Sampaio. Em 2014 mais tormenta de cadeiras contra o Macaé no Castelão.
Em 2015 parar no Brasil de Pelotas. Em 2016, no Juventude. Tudo em casa. Tooo o desespero de terceira até em 2017 voltar para a B.
Até no centenário reestruturar o clube com Marcelo Paz e Rogério Ceni. Ganhar a segundona para ser um clube de primeira a partir de 2019. Penta estadual pela primeira vez. Duas vezes campeão da Copa do Nordeste. Quarto de um Brasileiro. Saindo da rabeira de outra para disputar a segunda Libertadores. Vice da segunda Sula que disputou.
Olha só que o torcedor do Laion ganhou, recuperou e conquistou desde o centenário. Os melhores anos em 105 são agora. É continuar ligado em 110, plugado em 220, para seguir dando mais do que 300% de emoção e campeão.
Não tem jeito. O Laion chegou. E vai mais longe ainda. Não só de Punta a Punta.
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