Não é o Vinicius Jr quem precisa deixar o campo quando chamado de “macaco” por torcedores. E não foram poucos. De novo. Mas, desta vez, identificados alguns pelo Sevilla.
São seus colegas de clube que precisam cruzar as pernas quando um ser humano sofre o que Vini sofre por causa da cor. São seus colegas de profissão. São os seres humanos presentes. São os torcedores ao lado dos muitos que o insultaram. Pela enésima vez.
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Torcedores de um país cujas autoridades pouco fizeram com os que penduram um boneco como se fosse Vini numa ponte de Madri. Como se fosse a letra de “Strange Fruit”, de Billie Holiday. Clássico contra o racismo de 1939. Ainda atualíssimo. Nestes tristes dias em que nem Lady Day dá conta.
O futebol precisa parar como o mundo imundo por atos que não cessam. Por instituições que nem fingem mais asco. Não é notícia velha. É prática secular que só medidas mais firmes e com vontade real de coibir para parar o jogo. E tentar parar o desumano ato.
Se eu não "aguento" mais escrever a respeito da falta de respeito e humanidade, imagine quem sofre na pele por causa dela. É só dela.
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