Quando o santista que lotou a Vila Belmiro aplaudiu Pepe e Clodoaldo antes do primeiro clássico decisivo do SP-24, o volume de som foi aumentado. Quando Neymar entrou em campo no gramado com a taça do Paulistão, confesso que nunca ouvi em 32 anos de Vila tamanho barulho. Tanta vibração. Aquilo que também contagiou o time de Carille por quase todo o jogo que mereceu vencer contra o último invicto do Paulistão.
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O Palmeiras fez uma atuação mais abaixo do que já havia feito contra o bom time do Novorizontino, no Allianz Parque. O Santos foi além da ótima partida contra o Red Bull Bragantino, em Itaquera. Criou as mesmas seis oportunidades que o bicampeão paulista. Mas foi mais consistente e eficiente. Como tem sido Guilherme sem a bola. E com ela também para a colocar na cabeça do baixo dos 1m66 de Otero para fazer o belo gol da justa vitória alvinegra.
O Palmeiras errou quase tudo que tecnicamente tentou. Mais do que questões táticas do 3-4-1-2 ou 3-4-2-1 de Abel, que também não foi feliz, foi a partida abaixo da absurda média palmeirense que deixou a equipe dos irreconhecíveis Veiga (o jogador com mais gols marcados em decisões pelo clube), Piquerez e Aníbal na necessidade de repetir as superações de 2022-23. Se até jogou agora mais do que naquelas partidas, terá que jogar muito mais para superar a melhor surpresa entre os 13 grandes brasileiros em 2024.
O Santos foi gigante como é - e como não foi em 2023. A vibração da Vila foi tão decisiva como João Paulo no cara a cara com Flaco, no começo do jogo. Como tem sido Joaquim e Gil na zaga. João Schimidt e Pituca no meio. Otero e Guilherme pelas pontas. O Santos se superando mais uma vez. Com direção, comissão técnica e elenco montados há apenas três meses. Contra um time que ganha quase tudo há 3 anos. E que ainda é o favorito. Mas numa disputa ainda mais aberta. Sobretudo se o Palmeiras conseguir ir aos pênaltis.
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